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20/03/19 às 17h43 - Atualizado em 6/10/22 às 18h58

Virada Pedagógica mostra aprendizagem ativa e jogos

Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF

 

Evento da SEEDF traz opções para metodologias dinâmicas e eficientes de ensino

 

A primeira edição da Virada Pedagógica da Secretaria de Educação do DF reúne propostas e ações em torno de metodologias ativas para aprendizagem. Painéis fomentam a discussão do assunto e sugerem ações para implementação em sala de aula. O evento reúne profissionais da educação, durante esta quarta-feira (20), no teatro da Universidade Católica de Brasília (UCB). Também estão acontecendo encontros nas 14 regionais de ensino e no Museu Nacional, onde a formação é específica para a educação especial.

 

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

O tema da primeira Virada pedagógica é “Ser capaz de utilizar metodologias ativas”. A proposta da SEEDF é que a Virada Pedagógica tenha edições mensais para debater assuntos de interesse da educação. “Queremos o fortalecimento dos espaços pedagógicos das escolas com os estudantes de maneira que envolva todos, não só professores”, afirma Jackeline Domingues, subsecretária de Educação Básica da SEEDF.

 

“Nós precisamos reconquistar um trabalho em rede, construir ideias novas e nos apoiar. As discussões vão acelerar a construção de propostas pedagógicas”, destaca Rafael Parente, secretário de Educação do DF.

 

A Secretaria vai subsidiar as escolas com textos e vídeos durante o ano para ajudar nesse processo de planejamento e implementação de atividades pedagógicas.  As Viradas Pedagógicas também serão um espaço aberto para as equipes mostrarem projetos que estão sendo desenvolvidos com sucesso nas escolas. A ideia é inspirar colegas e melhorar o que ainda for necessário.

 

“Nós precisamos reconquistar um trabalho em rede, construir ideias novas e nos apoiar. As discussões vão acelerar a construção de propostas pedagógicas”, destaca Rafael Parente, secretário de Educação do DF.

Gamificação

O painel sobre gamificação e novas propostas para aprendizagem no dia a dia das escolas foi conduzido de manhã pelo secretário Rafael Parente. Ele mostrou princípios da aprendizagem ativa, dados sobre educação no país, bem como um panorama tecnológico no qual a sociedade está inserida.

 

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

O conceito de gamificação envolve uso dinâmico de elementos e características de jogo para promover o comportamento desejado. Sendo assim, os professores podem usar a ideia em sala de aula, mesmo que não seja no meio digital.

 

“Gamificar é uma estratégia de aprendizagem. Exemplos são pontuação por evidências de aprendizagem em sala de aula, torneios, olimpíadas, feiras e outros jogos”, exemplifica Rafael Parente. “Destacamos que a escola tem que educar para vida. O mais importante é a cooperação, mas há como inserir a competição em vários aspectos da vida. E os estudantes têm que enxergar isso e saber lidar com essas situações”, completa o secretário de Educação do DF.

 

Kelly Barreto é professora de ciências no Centro de Ensino Fundamental 10 de Taguatinga e captou várias técnicas da estratégia. “A partir dos exemplos, consegui pensar em opções mais divertidas com uso de jogos em sala. Quero implementar algumas coisas depois das informações de hoje”, afirma Kelly.

 

As discussões da Virada destacaram ainda que a estratégia de jogos também funciona para mostrar que os erros são importantes no processo de aprendizagem. Além disso, traz aspectos de responsabilidade ao enxergar que todas as ações geram consequências. Os jogos ajudam a internalizar esses conhecimentos por meio das experiências vividas, inclusive a partir dos erros cometidos.

 

Outras opções de atividades com narrativas de storytelling nas aulas também foram sugeridas, como a criação de um tribunal de júri com alunos, por exemplo, para debater assuntos aprendidos.

Mais aprendizagem ativa

A palestra “Aprendizagem ativa e desenvolvimento de habilidades metacognitivas” reafirmou que neurociência, psicologia e educação caminham juntas. Os aspectos cognitivos, o uso da tecnologia e o ambiente escolar se inter-relacionam.

 

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

A professora Eloisa Nascimento Silva Pilati, coordenadora de Integração das Licenciaturas da UnB, comentou sobre o assunto: “Queremos sair daquele antigo processo de memorização para a aprendizagem ativa. Ver como funciona o cérebro ajuda na educação”.

 

Eloisa mostrou que as atividades de aprendizagem ativa envolvem leitura, escrita, discussão e resolução de problemas. O objetivo é privilegiar experiências na aprendizagem para engajar mais os estudantes.

 

“Devemos deixar a estrutura em que o estudante é coletor de informações para que ele se transforme em conector de informações”, comenta Carla Arena de Aquino, cofundadora do Amplifica e especialista em cursos on-line e inovação em tecnologias educacionais durante o painel “Da prática receptiva à prática ativa: fazendo, construindo, desenhando, remixando”.

 

Carla Arena deixou algumas tarefas desafiadoras aos professores para ajudar no desenvolvimento de uma metodologia mais ativa, tais como: mudança da organização física da sala com as cadeiras já existentes para criar um ambiente de mais diálogo; não estar à frente da sala pelo menos uma vez por mês; observar conhecimentos prévios dos alunos antes de começar um conteúdo novo.

 

Para finalizar a primeira Virada Pedagógica, o professor da rede pública do DF  Moacir Ferreira compartilhou algumas atividades de sucesso com jogos e outras ações de aprendizagem ativa que já são desenvolvidas no CED 104 do Recanto das Emas.

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