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7/04/18 às 15h13 - Atualizado em 6/10/22 às 19h03

Escola Compartilhada no Queima Lençol

População contou com serviços de saúde, educação, segurança e lazer hoje na Fercal

 

Rossana Gasparini, Ascom/SEEDF

 

 

A comunidade do Queima Lençol, na Fercal, recebeu neste sábado (7), mais uma edição do Projeto Escola Compartilhada, que vem atendendo as comunidades do Distrito Federal desde 2015. Cerca de 800 pessoas, entre estudantes, pais e população em geral foram assistidas com serviços de saúde, educação, lazer, além de receber orientações de segurança e de trânsito, no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol.

 

Logo no início do evento, as crianças fizeram pinturas no rosto e participaram de uma oficina para aprender a fazer pipas. Muitos aproveitaram a parceria com o Senai para fazer pequenos reparos nas bikes. A oficina de bicicleta fez tanto sucesso que teve uma das maiores filas do evento. A bicicleta do estudante Gerry Alessandro de Souza, de 12 anos, ganhou sistema de marchas e freios novos. “Ficou muito boa. Eu já precisava mandar arrumar, mas agora, o problema está resolvido”, disse contente.

 

Os estudantes dos cursos técnicos em nutrição e dietética e em saúde bucal da Escola Técnica de Saúde de Planaltina (CEP Saúde) orientaram crianças, jovens e adultos quanto aos cuidados com a higiene bucal, para prevenir cáries e placas, mas também sobre o consumo de alimentos industrializados. O zelador José Nogueira da Silva ficou impressionado com a quantidade de sal e açúcar que os embalados podem conter e depois da orientação dada pelos estudantes do CEP Saúde, decidiu prontamente: “Vou mudar minha alimentação e tentar diminuir o sal e o açúcar que a gente come lá em casa”.

 

Foto Tiago Oliveira/ASCOM SEEDF

Já a pequena Antônia Júlia, de 9 anos, ficou atenta a todas as dicas que os estudantes passaram para ela sobre a maneira correta para se escovar os dentes. “Tem que escovar três vezes ao dia e bem devagarinho, para limpar direito todos os dentes”, contou.

 

Para os estudantes do CEP Saúde, a experiência de trabalhar diretamente com a população foi gratificante e de muito aprendizado. “É mais uma forma de aprendermos além da sala de aula e é a chance que temos de treinar a oratória na conversa com o paciente”, explicou o aluno do curso técnico de nutrição e dietética Maurício Galvão.

 

Outros serviços

O Escola Compartilhada no Queima Lençol contou com a parceria de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal. A Secretaria de Saúde ofereceu teste rápido de HIV, sífiles e hepatites virais, além de exames preventivos para as mulheres. O Detran distribuiu material educativo sobre o trânsito e a Polícia Militar orientou os participantes com relação às drogas e à segurança na comunidade.

 

Houve também oficinas de contação de histórias, de produção de vídeos com o celular e roda de conversa sobre alcoolismo, violência sexual, Lei Maria da Penha e Feminicídio. As crianças puderam curtir muita brincadeira com pula-pula, vôlei de areia e pebolim. A diretora do CEF Queima Lençol, Josenete Oliveira de Paula, ressaltou que a comunidade da região é bastante carente e por isso é fundamental que a escola faça o papel integrador para atender a todos. “São serviços de saúde, de orientação, como a questão do alcoolismo e de emissão de documentos como a cédula de identidade, que a população daqui precisa muito. Além disso, eu acredito que a educação tem essa intenção, de unir a escola e a família para que o êxito dentro da sala de aula seja ainda maior”, afirmou.

 

O secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, lembrou que o Projeto Escola Compartilhada é apenas um momento inicial de integração com a comunidade. “Esse é apenas o ponta pé inicial. A partir daqui a escola deve, cada vez mais, incentivar a participação da comunidade no acompanhamento da vida escolar dos seus filhos, contribuindo para a educação participativa e cidadã que queremos para o Distrito Federal”, disse.

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