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1/06/23 às 11h28 - Atualizado em 13/11/23 às 17h26

Escola pública produz energia limpa e dá aulas de sustentabilidade

Com apoio dos alunos, CEF 11 do Gama instalou placas fotovoltaicas e tem economizado na conta de luz

Lívia Barros, Ascom/SEEDF

 

Placas fotovoltaicas que produzem eletricidade por meio da luz solar instaladas no telhado da quadra de esporte | Foto: Divulgação

 

Tornar-se uma escola 100% sustentável é um dos grandes objetivos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 do Gama. Com o projeto de Energia Solar Fotovoltaica, a escola ganhou destaque nacional com o prêmio Educador Transformador, entregue em São Paulo no mês passado. A iniciativa consiste em produzir energia elétrica autossustentável por meio de placas fotovoltaicas, utilizando a luz do sol para gerar eletricidade, reduzindo a dependência de fontes de energia tradicionais, como combustíveis fósseis. Além de economia para a unidade de ensino, o projeto traz conscientização ambiental para os 723 alunos entre 11 e 16 anos matriculados no local.

 

O projeto, que foi idealizado pela professora de língua portuguesa Natália da Silva, ganhou a Feira de Ciências em 2018, quando competiu com outras escolas da rede pública. Desde então, tem se tornado um programa importante de toda a escola, com a participação de alunos e professores. “A ideia foi apresentada, os alunos abraçaram e criaram maquetes, fizeram pesquisas sobre o tema e apresentaram na feira de ciências”, comenta a professora.

 

A diretora Leila Rodrigues conta que o intuito da direção e professores é que a sustentabilidade seja discutida e fomente conscientização entre os alunos. “Nós queremos nos tornar uma escola referência em preocupação ambiental, trazendo soluções sustentáveis e, principalmente, envolvendo nossos alunos nessas iniciativas.”

 

Alunos apresentam o projeto na Feira de Ciências com maquetes | Foto: Divulgação

 

Investimento

 

O investimento inicial para a aquisição das placas fotovoltaicas foi de R$ 200 mil, feito em 2021. Valor que os professores estimam que obtenha retorno em 45 meses. A conta de luz, que custava em torno de R$ 4 mil reais, atualmente tem o valor médio de R$ 300 e a tendência é que ela diminua ainda mais.

 

Além da economia financeira, há a preocupação com a preservação ambiental. Segundo o ex-diretor Luiz Antonio Fermiano, que foi um dos pioneiros a investir em sustentabilidade no ambiente escolar, até o momento, 428 árvores deixaram de ser cortadas e 868 quilos de carbono economizados por causa das placas. “Se todas as escolas do DF tivessem energia solar, teríamos uma economia de R$ 20 milhões por ano”, calcula.

 

A diretora Leila Rodrigues conta que a escola investe na conscientização do aluno e da família e tem o objetivo de ter um sistema sustentável completo: “Nós já temos nossa horta onde o aluno e os professores plantam parte dos alimentos consumidos na escola, fazemos produção de gás e agora temos energia limpa. O que queremos é promover a conscientização ambiental dos nossos alunos para que eles levem para casa e sejam multiplicadores dessa ideia sustentável.”

 

Os próximos passos desse projeto, segundo a direção, é fazer a análise da quantidade de energia que está sendo economizada na escola para que ela comece a fornecer energia limpa também para outras instituições, divulgando assim a ideia de sustentabilidade.

 

O projeto ganhou reconhecimento nacional ao ser um dos finalistas do Prêmio Educador Transformador. Cinco professores do Distrito Federal, três deles da rede pública de ensino, foram finalistas da iniciativa, uma parceria entre o Sebrae com o Instituto Significare e a Bett Brasil. O prêmio visa celebrar os educadores de todo o país que fazem a diferença na vida de seus alunos com projetos inovadores. O objetivo é encorajar os estudantes a desenvolverem ideias e respostas para problemas reais do cotidiano. Os finalistas foram selecionados entre mais de 10 mil inscritos em todo o Brasil. A escola não levou o prêmio, mas dá exemplo na preservação do meio ambiente.

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