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13/12/21 às 17h28 - Atualizado em 6/10/22 às 18h47

CEF de Sobradinho na final de prêmio da OEA

Escola está entre os melhores projetos de educação em Direitos Humanos da Ibero-América

Redação, Ascom/SEEDF

 

Centro de Ensino Fundamental 8 de Sobradinho é finalista para receber premiação da OEI. Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Com o projeto “Vivências para o Bem Viver”, o Centro de Ensino Fundamental 8 de Sobradinho é um dos finalistas da etapa nacional do Prêmio de Educação em Direitos Humanos Oscar Arnulfo Romero. De iniciativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e da Fundação SM, a premiação visa reconhecer programas destinados a garantir o direito à educação de crianças e jovens.

 

Neste ano, o prêmio valorizou iniciativas que focam na garantia do direito à saúde na sala de aula e que contribuem para a superação dos desafios educacionais causados pela pandemia da covid-19. Ao todo, foram 71 inscritos nesta edição. Destes, 27 concorreram na categoria A, voltada para instituições de ensino, escolas públicas ou privadas e 44 na categoria B, que reconhece a educação em direitos humanos realizada por organizações da sociedade civil.

 

Com o início das aulas remotas em 2020, devido à pandemia, a professora e coordenadora da unidade, Olga Motta, explica que os professores tiveram que aprender, investigar, estudar uma série de ferramentas para auxiliar e mediar às aulas e as atividades virtuais.

 

Em meio a tantas incertezas, perceberam que os alunos estavam ansiosos por diálogos que ultrapassassem conteúdos e chegassem até as emoções, afloradas no período de isolamento social.

 

Notamos crianças carentes de adultos que olhassem para eles, que escutassem e que falassem desses sentimentos. Assim nasceram os encontros semanais, batizado de Vivências para o Bem Viver, iniciada na insegurança, mas fortalecida pelo acolhimento”, explica Olga.

 

Escritores, terapeutas, professores e estudantes do CEF 08 ou de outras escolas foram convidados a tratarem de temas voltados ao autocuidado, além do desenvolvimento socioafetivo. A intenção, segundo Olga, era vivenciar experiências que traziam uma aprendizagem socioemocional.

 

Tivemos muitas oficinas, depoimentos, histórias, dinâmicas, conversas e trocas de experiências. As Vivências para o Bem Viver mesmo que online foi um local de compreensão e acolhimento, de incentivo ao respeito, à construção de relações e vínculos afetivos, que tornaram os estudantes mais motivados e confiantes para sonharem e participarem da vida escolar, familiar e na sociedade com mais alegria”, pontuou a diretora.

 

Olga conta que já se sentem vitoriosos em chegar a esta classificação. “Estamos radiantes e felizes, principalmente, pelo reconhecimento deste trabalho. Tudo surgiu de forma tão natural e espontânea para atender nossos alunos. Um dos projetos mais importantes e foi consolidado com muito carinho”, frisou a coordenadora. A escola concorre na categoria A.

 

Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Premiação

 

Os vencedores nacionais de cada categoria concorrem a um prêmio de US$ 5 mil cada. Também terão a oportunidade de concorrer na segunda etapa do prêmio e de participarem do IV Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos. Nessa fase é anunciada a classificação final com os quatro vencedores da Ibero-América, sendo dois por categoria. Devido ao contexto da pandemia, o evento, com data e local a serem definidas, será programado de acordo com as circunstâncias permitidas no momento.

 

Organização dos Estados Ibero-Americanos

 

A Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e seu Instituto Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos, com a colaboração da Fundação SM, criou em 2015 o Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, Santo, Bispo e Mártir para promover a conscientização sobre a educação em valores e direitos humanos na Ibero-América.

 

O nome do prêmio visa destacar o trabalho de Óscar Arnulfo Romero na defesa dos direitos humanos, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, e vinculá-lo a ações reais em defesa dos direitos humanos, como fez Monsenhor Romero ao longo de sua vida.

 

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