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12/02/18 às 18h52 - Atualizado em 6/10/22 às 19h03

Monitoramento de segurança diminui ocorrências

Da Agência Brasília

 

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

Em Ceilândia, por exemplo, aliado a cuidados como podas de árvores e roçagem, sistema contribuiu para reduzir registros de crimes no Centro de Ensino Fundamental 33

A realidade nas escolas públicas de Ceilândia já foi bem diferente. A região administrativa é uma das que utilizam um sistema de monitoramento de segurança para melhorar a situação nas unidades de ensino e conseguir diminuir o número de ocorrências.

 

No primeiro semestre de 2017, foram registradas 2.355 em perímetro escolar, contra 2.548 no mesmo período do ano anterior. Dados da Polícia Civil do Distrito Federal mostram ainda que, em 2014, o número era quase o dobro: 4.298.

 

Além de crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, são reunidas estatísticas sobre crimes contra a pessoa e outros tipos de infrações, a exemplo de porte de arma e uso de drogas.

 

Mantido em parceria pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social e a Secretaria de Educação, o sistema de monitoramento consolida as informações sobre os colégios.

 

Coletados desde o primeiro semestre de 2016, os dados da análise são sempre referentes ao semestre anterior.

 

O preenchimento é semestral, feito pelos diretores de escolas que se propõem a participar ou por alguém designado por eles.

 

A Segurança Pública recebe essas informações, organiza o estudo estatístico e conclui um relatório, que é enviado para cada uma das 14 regionais de ensino.

 

Na última vez, 362 unidades participaram da pesquisa — 55% das escolas. Foram 186 a mais que na primeira edição e 42 a mais que na terceira.

 

O coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia, Marcos Antônio de Sousa, conta que parte do planejamento é voltada a melhorar o espaço físico delas e do entorno, além de propor ações que aproximem sociedade civil e comunidade escolar.

“Precisamos conhecer nossa realidade para planejar com mais efetividade”, avalia Sousa. “Dentro de Ceilândia, tenho diferentes situações, com tipos de violências distintos.”

 

A região administrativa serviu como base para o início da pesquisa e é uma das que tiveram queda nos registros feitos pelos diretores. A regional agrupa 97 escolas e cerca de 100 mil alunos.

Escolas são abertas à comunidade

Visto antes como uma das unidades escolares mais problemáticas, o Centro de Ensino Fundamental 33 está pacificado, conta Marcos Antônio de Sousa. O histórico soma ameaça à diretoria, lesão corporal e até roubo. Os registros, no entanto, têm diminuído desde 2015.

 

No ano passado, por exemplo, houve sete ocorrências iniciadas em frente ao colégio — 13 a menos que em 2016. No interior da escola, foram dois tipos a menos.

 

Segundo o coordenador da regional, isso se deve, principalmente, à maior participação cidadã no dia a dia do centro de ensino, que passou a abrir, inclusive, nos fins de semana.

 

Escola Classe 66, no Trecho 3 do Sol Nascente, é outro exemplo dessa nova realidade. “A escola é o único espaço público para a comunidade dali. Acaba sendo um centro de convivência.”

 

Assim, alunos e moradores da região podem utilizar as quadras de esportes e outras dependências. “Todos passam a entender que o espaço público é de todos, e é preciso cuidar”, conclui Sousa.

 

Esse cuidado se alia à preservação do espaço físico do entorno e do interior das escolas. A meta, segundo ele, “é construir um caminho seguro para que o aluno chegue ao espaço e permaneça”. Isso envolve poda de árvores, roçagem, troca de lâmpadas queimadas ou quebradas.

Dados do sistema auxiliam trabalho do Escolas Limpas

Esses reparos estão incluídos no programa Escolas Limpaslançado em 1º de fevereiro pelo governador Rodrigo Rollemberg, no Centro de Ensino Médio 3 de Ceilândia.

 

De acordo com o subsecretário de Gestão da Informação, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Marcelo Durante, a iniciativa será desenvolvida nas escolas identificadas pela pesquisa como as que apresentam maior nível de desordens.

 

“Exatamente nas escolas onde mapeamos mais problemas, como praças destruídas, mato alto e lixo acumulado, e resolvemos isso, houve uma diminuição significativa de registros”, resume.

 

Para medir a taxa de crimes em cada lugar, a Secretaria da Segurança Pública passou a utilizar uma nova metodologia: um índice mede, de zero a 10, a violência escolar.

 

O cálculo leva em conta o número de ocorrências do semestre comparado à quantidade de alunos.

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