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1/07/22 às 15h12 - Atualizado em 17/05/23 às 15h10

Alunos da rede pública criam robôs com habilidade de fala

Estudantes dos CEFs 405 e 103 do Recanto das Emas participam do projeto

Tainá Morais, Ascom/SEEDF

 

Com a orientação do professor e idealizador do projeto de robótica, Francenylson Luiz Dantas, os alunos dos Centro de Ensino Fundamental 405 e 113, do Recanto das Emas, já desenvolveram robôs para aplicação na vida real como hortas inteligentes, robôs humanoides e braços robóticos com diversas habilidades humanas. O último humanoide, assim como é chamado, possui habilidade de fala e recebe o comando através de um controle que os próprios estudantes produziram em sala de aula.

 

O último humanoide, assim como é chamado, possui habilidade de fala e recebe o comando através de um controle que os próprios estudantes produziram em sala de aula | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Para o professor, a robótica vai muito além de uma programação de robôs. “É um processo de aprendizagem e também de poder incentivar os nossos estudantes a pensarem de forma criativa, prática, empreendedora e eficiente a fim de resolver os problemas estudados em sala de aula. Além disso, podemos identificar o perfil de cada um deles e ajudá-los no interesse profissional”, explica Francenylson.

 

Ao praticarem atividades de montagem de robôs e sistemas automatizados, os mais de 100 estudantes que passam pela oficina não desenvolvem apenas aptidões no campo das ciências exatas, mas também estimulam habilidades de relacionamento e emocionais como empatia, trabalho em grupo, comprometimento e liderança. Uma das colaboradoras e aluna do CEF 405, Letícia Alves, de apenas 13 anos, explica a importância da realização do projeto. “Nós acabamos descobrindo habilidades e talentos que nem sabíamos que tínhamos. É muito legal poder fazer parte desse projeto e poder contar futuramente que ajudei e fiz parte do início das criações dos humanoides”, destaca.

 

Desde a época que a palavra robô foi usada pela primeira vez, na década de 20, o sistema automatizado tornou-se um campo de conhecimento que floresceu entre inventores, matemáticos, cientistas e até mesmo engenheiros. Para os jovens da rede de ensino, além de atrair a atenção e o interesse dos alunos para o tema da tecnologia, a robótica funciona como ferramenta educativa, melhora o desenvolvimento cognitivo dos alunos e o processo de aquisição do que é ensinado em sala de aula.

 

Ao praticarem atividades de montagem de robôs e sistemas automatizados, os mais de 100 estudantes que passam pela oficina não desenvolvem apenas aptidões no campo das ciências exatas, mas também estimulam diversas habilidades | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Formação

 

Com o objetivo de expandir o conhecimento, o professor proporciona a formação para os professores de toda a regional do Recanto das Emas, para que eles possam aplicar o projeto durante as aulas com os estudantes dos anos iniciais, finais e do ensino médio. “Com a montagem desses equipamentos, nós conseguimos trabalhar diversas matérias como física, matemática, ciências e até mesmo incentivar aqueles estudantes de ensino médio que pretendem fazer engenharia civil futuramente”, destaca Francenylson.

 

De acordo com a Coordenadora Regional do Recanto das Emas, Mariana Ayres, são envidados todos os esforços no sentido de dar o melhor apoio para que o maior número de estudantes e professores sejam atendidos. “Damos todo o incentivo pedagógico e também financeiro. Quando recebemos o PDAF, por exemplo, sempre separamos uma quantia para ajudar e também procuramos recursos parlamentares para auxiliar o projeto de robótica”, ressalta.

 

Participação na Campus Party

 

Os estudantes dos Centros de Ensino Fundamental 405 e 113, do Recanto das Emas, representaram a rede pública na quarta edição da Campus Party, que aconteceu em Brasília, em março deste ano. O evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo contou com a exposição dos robôs criados pelos próprios alunos e apresentações para o público. Cerca de 100 mil pessoas visitaram os estandes que estavam disponíveis no Mané Garrincha.

 

Poder representar uma escola pública do DF em uma das maiores feiras de tecnologia do País foi gratificante não só para as crianças e adolescentes, mas também para os professores. “Colocar os alunos do Recanto das Emas como protagonistas na Campus Party é um sentimento indescritível. Apesar da dificuldade que foi para chegar até aqui, é um sonho que está se realizando durante todos esses dias”, afirma o professor.

 

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