Escola de Brazlândia receberá R$ 458 mil em obras e ganhará salas de aula, banheiros e copa
Por Málcia Afonso, da Ascom/SEEDF
Numa cerimônia simples, na manhã desta sexta-feira, 26, o secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, assinou a ordem de serviço para as obras de ampliação da Escola Classe Chapadinha, em Brazlândia. A unidade vai ganhar mais um bloco, com cinco salas de aula, novos banheiros e sala para os professores, também com sanitários e copa.
O investimento na infraestrutura é de R$ 321,5 mil, com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), sendo R$ 121 mil da Secretaria de Educação e R$ 200 mil de emenda do deputado Iolando Almeida, que participou da solenidade, realizada no pátio da própria escola.
“Os nossos desafios são gigantes na educação do Distrito Federal, mas nós trataremos da forma que têm de ser tratados, um a um, cada um com sua especificidade, da mesma forma que a gente trata os nossos estudantes. Eles não são um número numa chamada. Cada um tem uma história de vida, uma história pessoal que nós respeitamos e individualizamos no tratamento que damos a eles”, afirmou o secretário de Educação, Leandro Cruz, durante o ato de assinatura.
Fundada há 36 anos, a escola começou com duas salas de aula, para atender 51 crianças, filhas de chacareiros e agricultores da região. Com o tempo, a estrutura aumentou e melhorou, mas não o suficiente para atender a demanda, que cresceu muito mais.
Hoje, são cinco salas de aula para 243 crianças da pré-escola e dos anos iniciais. Em março do ano passado, antes da pandemia, havia 199.
O aumento na procura vem acontecendo principalmente porque agricultores de outros estados migram para trabalhar na cultura do morango, marca registrada de Brazlândia.
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O coordenador da regional, Humberto José Lopes, frisou que a qualidade do ensino está muito relacionada à estrutura física da escola. “Estudantes bem acomodados, professores que realmente têm espaços adequados para desenvolver seu trabalho pedagógico contribuem para um bom desempenho”, avaliou.
Também participaram da cerimônia, que foi transmitida pelo Instagram da Secretaria de Educação, o administrador regional de Brazlândia, Jesiel Costa Rosa, e integrantes da equipe gestora.
Escola
A EC Chapadinha oferece ensino integral de oito horas para 120 de seus 243 estudantes. A atual estrutura conta também com salas para secretaria, direção e professores, todas muito pequenas. A biblioteca foi uma conquista que chegou somente em 2012.
O parquinho está sendo revitalizado, com novos brinquedos e cobertura, por meio de uma emenda do deputado distrital José Gomes, no valor de R$ 50 mil. Outros R$ 87 mil, fruto de emenda do deputado Iolando Almeida, estão sendo aplicados na construção de uma cantina e de um novo depósito de alimentos, que estarão prontos em um mês. Somados com a ordem de serviço assinada, são R$ 458 mil em recursos para a escola.
São grandes conquistas para a unidade que entre a fundação e dois anos depois, só contava com caminhão pipa, até conseguir um poço artesiano já nos anos 1990.
Mesmo diante de dificuldades, 85% dos estudantes estão na plataforma Google Sala de Aula. Os outros 15% receberam material impresso em casa, com serviço contratado pela regional de ensino.
Jacirene de Oliveira Cardoso é diretora da unidade desde 2017, mas tem 23 anos de rede pública e há 20 anos vive na região. A exemplo de Humberto, ela falou sobre o impacto no processo de ensino e aprendizagem. “Quando a gente vê a estrutura sendo melhorada, a qualidade de ensino com certeza melhora. O professor também precisa estar bem instalado para poder planejar e realizar suas atividades. Os estudantes precisam estar bem acomodados, numa sala ventilada, espaçosa. Estas obras fazem a diferença”, avaliou.
Comunidade
A regional de ensino de Brazlândia tem 32 escolas, sendo 12 na área rural, que atendem cinco mil estudantes, e 20 urbanas, para 15 mil estudantes.
Presente à cerimônia, a líder comunitária Lindaura Carvalho da Silva, de 83 anos, presidente da Associação das Donas de Casa do Chapadinha, está desde 1991 na região. Os três netos estudaram na escola. E ela diz que os bisnetos também vão passar por lá.
“Cheguei aqui não tinha nada. Só a escolinha aqui, pequenininha, não tinha telefone, não tinha nada. As crianças não tinham para onde ir. Os pais queriam trabalhar e não tinham onde deixar os filhos. Me sinto feliz nessa idade vendo as coisas acontecerem, melhorarem. Para nós é uma vitória muito grande isso tudo que está acontecendo”, comemorou.