Educação Infantil retorna antes do Ensino Fundamental, que volta antes do Ensino Médio. Turno de aulas terá quatro em vez de cinco horas de regência
Da Redação, Ascom/SEEDF
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, anuncia na manhã desta terça-feira, 27, a volta das aulas presenciais na rede pública de ensino, a partir de um calendário escalonado. Como em todas as voltas de recessos escolares, os primeiros dias são reservados ao encontro pedagógico, em que os professores, gestores, coordenadores e auxiliares preparam a recepção aos estudantes – o que ocorrerá nos dias 2, 3 e 4. Os estudantes, por seu turno, começam a voltar às salas de aula a partir de 5 de agosto, mas de forma que os segmentos da educação vão se incorporando a cada semana, a partir da educação infantil até o ensino especial (veja tabela abaixo).
▎Calendário de retorno das aulas presenciais da Rede Pública de Ensino
Data | Segmento |
2, 3 e 4 de agosto | Encontro Pedagógico |
5 de agosto | Educação Infantil |
9 de agosto | Ensino Fundamental – Anos Iniciais Educação de Jovens e Adultos – 1º Segmento |
16 de agosto | Ensino Fundamental – Anos Finais Educação de Jovens e Adultos – 2º e 3º Segmentos |
23 de agosto | Ensino Médio e Educação Profissional |
30 de agosto | Escolas de Natureza Especial, Centros Interescolares de Línguas, Centros de Ensino Especial e demais atendimentos |
O modelo respeitará as regras de distanciamento social: cada estudante deverá ficar a pelo menos um metro de distância do outro dentro da sala de aula. Por este motivo, a regra geral é de que as turmas sejam divididas em duas. A primeira metade vai para a escola, enquanto a outra desenvolve tarefas pedagógicas em casa. Na semana seguinte, os papéis se invertem. Quem estava em casa vai para a escola e quem estava na escola fica em casa.
❝ O professor vai dar a aula aos estudantes que estiverem presentes na escola e passar tarefas e ações pedagógicas do mesmo conteúdo para quem estiver em casa❞ Hélvia Paranaguá, secretária de Educação |
Os professores regerão aulas por um período de quatro horas presenciais na escola. E deverão dedicar uma hora diária ao atendimento remoto do estudante que ficou em casa. As escolas deverão usar essa hora do atendimento remoto para a higienização, preparando-se para receber as turmas do turno seguinte.
“O professor vai dar a aula aos estudantes que estiverem presentes na escola e passar tarefas e ações pedagógicas do mesmo conteúdo para quem estiver em casa. Por este motivo, por não ser exatamente a mesma aula que uns e outros terão, devemos chamar o nosso modelo de Aulas Presenciais com Atividades Remotas Mediadas pelo Professor”, explica a secretária Hélvia Paranaguá.
O escalonamento foi pensado para que a Secretaria de Educação avalie como estão os estudantes de cada segmento após mais de um ano e meio sem aulas presenciais. “Nós vamos ver como vai se dar na questão do transporte, da merenda, da organização na entrada da escola, como as turmas vão se organizar segundo esse nosso novo modelo com atividades remotas mediadas pelo professor. Achamos que fazer tudo isso com mais de 300 mil estudantes voltando todos de uma vez poderia causar problemas que vamos conseguir evitar”, explica o secretário executivo, Denilson Bento da Costa.
As aulas retornam todas no dia 2, com o professor já na escola, fazendo atividades mediadas. O escalonamento se dá apenas quanto à presença do estudante na escola. Assim, todos aqueles matriculados no ensino médio, por exemplo, terão aulas pelo sistema Google Sala de Aula até 23 de agosto, quando metade deles deverá ir para a escola, iniciando a alternância semanal.
Flexibilidade
A disposição da Secretaria de Educação, explica Hélvia Paranaguá, é respeitar a autonomia que a Lei da Gestão Democrática confere aos gestores escolares. Há casos de escolas com turmas que tem menos de 20 estudantes. Nesse caso, esta escola poderia exigir a presença de 100% dos estudantes desta turma, porque ainda assim conseguiria respeitar a distância mínima de um metro entre eles.
“A secretaria estabelece a diretriz geral, para que as escolas da rede sigam. Mas, desde que os protocolos sanitários sejam respeitados, os gestores tem autonomia para organizar as turmas e o funcionamento da escola”, diz a secretária.