Oportunidade de retomada dos estudos com a Educação de Jovens e Adultos
Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
“O conhecimento liberta e te leva a outro patamar”. A frase resume o pensamento de Idelina Pereira, 50 anos, que retornou aos estudos no Centro Educacional 02 de Taguatinga após ficar 38 anos fora da escola. Ela voltou a frequentar o ambiente escolar em 2021 para concluir o ensino médio e já sonha em alçar grandes voos profissionais e pessoais após a formatura. Idelina faz parte do time de 38 mil estudantes que participam das aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública da Distrito Federal, nas 105 unidades escolares espalhadas em todas as 14 Coordenações Regionais do DF.
Volta aos estudos desenham novos sonhos na vida de Idelina Pereira / Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF
O fato de ter parado os estudos no ensino fundamental incomodava Idelina, que encontrou na EJA a oportunidade de retomar para os caminhos do conhecimento. “Algumas circunstâncias da vida acabaram fazendo com que eu parasse de estudar. Ainda sim, continuei lendo e sabia que um dia voltaria porque sabia do potencial que tenho. A escola tem ótimos professores, mas sei que a maior parte do crescimento depende mesmo de mim. A escola é uma ponte, mas o sucesso está na mão de cada um”, ressalta a estudante, que recentemente terminou a leitura de dois clássicos: Dom Casmurro e O Príncipe de Maquiável. Após o exame do Enem, Idelina vai decidir se ingressará na faculdade de Direito ou de Tecnologia da Informação.
A EJA é dividida em três segmentos. O primeiro corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental. O segundo, aos anos finais do ensino fundamental e o terceiro segmento, ao ensino médio.
O estudante pode se matricular a partir dos 15 anos de idade na EJA no ensino fundamental (primeiro e segundo segmentos). Já para ensino médio (terceiro segmento), a idade mínima é de 18 anos.
Rodrigo da Silva, 21 anos, ficou quatro anos fora da escola e hoje cursa o segundo segmento da EJA, no CED 02 de Taguatinga. “Com o conhecimento que tenho, já trabalho como programador. Mas o ensino médio e um curso superior fazem falta. Já perdi uma oportunidade de emprego porque não tinha a formação necessária. Quero melhorar minha renda e investir no meu futuro”, conta Rodrigo.
Conclusão da educação básica ampliará oportunidades no mercado de trabalho para o estudante Rodrigo da Silva / Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF
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Como se matricular
Para incentivar as matrículas na EJA, a Secretaria de Educação abre, semestralmente, o período de inscrições no site e na Central 156. Essas datas são amplamente divulgadas nos veículos de comunicação. Entretanto, os interessados podem se matricular nas unidades que ofertam esta modalidade de ensino a qualquer tempo, basta entrar em contato para mais informações.
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