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3/03/20 às 14h57 - Atualizado em 16/11/23 às 17h39

Escola pública será pioneira em Lixo Zero no Distrito Federal

Iniciativa demonstra a importância da gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados em colégios

 

Agência Brasília*

 

Foto: Divulgação/SLU

 

Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU-DF), em parceria com a agência de cooperação do governo japonês (Jica), lança projeto piloto de educação ambiental no DF. Intitulado “Lixo Zero”, o programa é implementado no Centro Educacional Agrourbano Ipê Riacho Fundo II e contará com ações de educação ambiental coordenadas por meio de oito atividades ao longo de 2020. A iniciativa abrange desde a conscientização de docentes e alunos até a construção de uma horta comunitária que aproveita os rejeitos orgânicos gerados na própria escola.

 

A iniciativa procura demonstrar a importância da gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados na escola, tendo como objetivo final a meta Lixo Zero. O objetivo é reduzir o descarte dos rejeitos a até 10%, a partir do máximo aproveitamento dos resíduos orgânicos e recicláveis e considerados os 90% restantes. Este programa está presente em países como Itália, Estados Unidos, África do Sul, Brasil e Japão.

 

No DF, acompanha o ano letivo no Centro Educacional Agrourbano Ipê Riacho Fundo II, e atende a todos os alunos do ensino fundamental e médio (total de 760 estudantes), do ensino fundamental de 1º ao 9º ano e do ensino médio. Para tanto, foi firmado termo de cooperação entre o SLU e a Secretaria de Educação do DF.

 

Nos primeiros meses do programa, a programação de atividades começa com reunião de corpo docente e funcionários da escola. Inicialmente os representantes do projeto, em parceria com membros da Jica, promovem uma reunião para apresentação do projeto e o seu desenvolvimento e inserção das atividades apresentadas no calendário escolar (atividade 1). A partir daí é feita a sensibilização desse público, com visitas para conhecerem três instalações da SLU-DF: (i) a Usina de Tratamento Mecânico Biológico da Ceilândia, (ii) Museu do Lixo e (iii) a Instalação de Recuperação de Resíduos – IRR PSul (atividade 2).

 

Para o bimestre de março e abril, já com um quantitativo de resíduos sólidos gerados nos primeiros meses de aulas, será realizada análise gravimétrica desses resíduos. Esta atividade consistirá em realização da análise dos resíduos produzidos na escola para conhecer, inicialmente, a classificação desses resíduos e, com os resultados, poder propor melhoria na gestão de coleta interna.

 

Com a demonstração dos resultados aos alunos, busca-se a sensibilização para o tema da coleta seletiva, e em apoio será ofertada aos estudantes uma exposição no pátio da escola com as seguintes atividades: Museu Itinerante do SLU/DF, cujas algumas peças foram retiradas do lixo em bom estado e levadas ao museu (o intuito deste ponto é sensibilizar os alunos mostrando que muito material bom, que poderia ser reaproveitado ou reciclado, vai para o lixo); e apresentação do Teatro do SLU-DF (atividade 3).

 

Nas atividades 4 e 5 serão apresentados conceitos de educação ambiental, como o dos “3R´s”: Reduzir, Reaproveitar e Reciclar, e exemplificar como os resíduos gerados são produzidos no cotidiano dos alunos por meio da apresentação da realização da análise gravimétrica dos resíduos gerados na escola, estimulando a participação em sala de aula. A ideia é que a atividade evolua para um momento de reflexão e criatividade, em que será estimulado aos alunos que pensem sobre o tema proposto e elaborem tirinha em quadrinhos para expressar suas ideias.

 

Na atividade seguinte (6 – Separando Você Mesmo) o intuito é realizar dinâmica com os alunos separando alguns exemplos de resíduos gerados por eles para separação nos 3R. Utiliza-se três recipientes de cores distintas para cada R. Serão apresentados objetos do cotidiano da escola e de casa, em seguida lançado aos alunos o questionamento: “Desses objetos, o que podemos reduzir, reaproveitar e reciclar?”. Com isso, os estudantes já partem para a prática da coleta seletiva.

 

No passo seguinte o programa irá orientar e implantar um sistema de compostagem para transformar resíduos orgânicos em adubo por meio dos próprios resíduos orgânicos (restos de legumes, folhagem, frutas).  Os restos de legumes, folhagem e frutas gerados na cantina da escola serão dispostos na composteira doméstica. O composto produzido será disposto na horta a ser produzida na atividade 8. Os resíduos processados como alimentos continuarão a ser doados, como já ocorre. Nessa atividade haverá premiação para as salas de aula que se destacarem na separação.

 

Na atividade 8 será construída uma horta com frutas e verduras para alimentação dos alunos – atividade aberta na escola. A adubação da horta será com o adubo produzido pela compostagem dos resíduos orgânicos feita pelos próprios alunos. Cabe frisar que o material usado nas atividades, seja confecção ou aquisição, será custeado pela Jica, e não haverá custo com a mão de obra, uma vez que dois dos autores do projeto são voluntários ex-bolsistas da agência de cooperação japonesa. Também não haverá custo para a mão de obra de professores, equipe de limpeza e técnicos da Jica que irão acompanhar o projeto.

*Com informações do SLU-DF

 

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