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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
31/01/20 às 15h43 - Atualizado em 6/10/22 às 18h54

Jovens Embaixadores do DF retornam de intercâmbio nos EUA

Cinquenta estudantes da rede pública de todo o Brasil foram ver de perto o sonho americano

 

Nathália Borgo, Ascom/SEEDF

 

A ideia do programa é reconhecer e valorizar o trabalho de estudantes da rede públicas que tenham perfil de liderança na comunidade. Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

 

“O fim do programa é só o começo”. A definição de um dos jovens embaixadores de 2014 representa exatamente o que desejam os coordenadores do projeto no Brasil: um futuro promissor, com prosperidade na carreira profissional. Este ano, 50 jovens da rede pública de ensino do país, entre eles, três estudantes do Distrito Federal, tiraram mais um item na lista de desejo. Hoje (31), todos se reuniram em Brasília para o lançamento do selo comemorativo dos 18 anos do programa Jovens Embaixadores pelos Correios em parceria com a Embaixada dos EUA. O secretário de Educação João Pedro Ferraz participou da obliteração do selo.

 

Ao todo, foram três semanas de intercâmbio na América do Norte. Em Washington, um pouco da história dos EUA, depois, em grupos, outras regiões para vivenciar a cultura local. Inclusive, foram recebidos por famílias americanas voluntárias, frequentaram aulas e ainda aprenderam um pouco mais sobre o voluntariado. “Nesse período, eles vão desenvolvendo ou fortalecendo um projeto que possa impactar positivamente”, explica a assessora cultural da Embaixada dos EUA, Márcia Mizuno, considerada a “mãe” do programa por todos os participantes.

 

Segundo a idealizadora do Jovens Embaixadores, os alunos escolhidos para participar do programa voltam dos EUA ricos em formação em liderança, empreendedorismo e conhecimento cultural. Quando voltam, apresentam o projeto para os coordenadores, que tentam, na medida do possível, implementar cada iniciativa. “O que queremos é formar líderes. Eles passam a fazer parte de uma rede de outros participantes de intercâmbios. As três semanas são apenas o começo do que vem pela frente. Queremos que eles sigam, que cresçam e levem a comunidade com eles”, explicou.

 

“O programa é fantástico. Além de dar oportunidades a esses jovens, eles conseguem levar a nossa cultura, as nossas experiências para um outro país e, também, trazer de lá um pouco da vivência. Não é um projeto que diz respeito apenas à família do estudante, mas acaba irradiando por toda a comunidade escolar. Devemos tentar, inclusive, encontrar novos parceiros e ampliar esse tipo de ação”, avaliou o secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz.

 

Internacionalista, diplomata e cientista

 

Estudantes esperam aproveitar experiência do intercâmbio em suas futuras carreiras. Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

 

O sonho que parecia impossível para a Kássia Leandra Mendes, 17 anos, ex-estudante do CED 04 do Guará. Ela foi a primeira pessoa da família a viajar para fora do país e acredita que é a única a falar um idioma estrangeiro. “Minha mãe diz que sempre soube que eu ia passar. Acho que ela conta isso para qualquer pessoa que conhece”, pontuou envergonhada. Kássia diz ainda que deseja cursar relações internacionais e aplicar o projeto desenvolvido com os colegas durante o programa para auxiliar outros empreendedores sociais.

 

Maria Eduarda Oliveira, 17 anos, do CEM 02 de Ceilândia, vai para o terceiro ano do ensino médio ainda sem acreditar na primeira viagem de avião, já para além das fronteiras do Brasil. “É realmente incrível. Eu pude ver coisas que nunca imaginei conhecer, várias pessoas e várias visões de mundo”, relatou. Futura diplomata, a estudante garante que vai aproveitar a visita ao Itamaraty, em Brasília, e a ida a Washington, onde teve contato com a política.

 

Também da rede pública do DF, Felipi Álisson de Sousa, 18 anos, ex-estudante do CED 01 e do CIL do Guará, assim como os demais, passou pelas redações, avaliações de documentos, prova escrita e a entrevista conhecida como prova oral. “Depois disso tudo, fazem visita a nossa casa para ver como é a relação com a família e com a comunidade”, relatou Felipi, que também já ganhou bolsa de 100% para estudar educação colaborativa no Japão. Nos Estados Unidos, o jovem embaixador pôde se ver como educador e decidiu tentar ciências políticas e educação em uma universidade americana.

 

A ideia do programa é reconhecer e valorizar o trabalho de estudantes da rede públicas que tenham perfil de liderança na comunidade e certo nível de inglês para dar uma oportunidade de fazer empreendedorismo social, desenvolver projetos e implementá-los no país. “Costumo falar sobre a diferença entre os jovens embaixadores no começo e depois do programa. A confiança, energia e a inspiração que eles recebem é visível, tangível e inspiradora. Mostra que um programa de três semanas pode literalmente mudar as vidas dos participantes”, declarou Erik Holm-Olsen, conselheiro para assuntos de cultura, educação e imprensa da Embaixada dos Estados Unidos.

 

O programa Jovens Embaixadores é uma iniciativa social da Embaixada Americana no Brasil em toda a América Latina, que já deu oportunidade a 672 estudantes desde a criação em 2003. A ação conta ainda com a parceria do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), das Secretarias Estaduais de Educação, da rede de Centros Binacionais Brasil-Estados Unidos e das empresas FedEx, MSD, IBM, Correios e SM Tour, além dos apoios institucionais do Movimento Todos pela Educação, Canal Futura e do Grupo + Unidos.

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