Eles também aprendem a dançar ritmos brasileiros como catira, maracatu e frevo
Camily Oliveira*, Ascom/SEEDF
Eles começam tímidos e se soltam aos poucos. Na última quinta-feira (27), os alunos do CAIC Walter José de Moura, de Águas Claras, tiveram uma tarde divertida. Eles receberam a visita do projeto Batuco e Danço e puderam dançar e pular ao som da percussão. “Eu aprendi a dançar um ritmo que eu nunca tinha ouvido falar. Gostei muito, achei divertido“, disse Adne Santos, 10 anos, depois de participar de uma roda de ciranda.
O projeto é uma iniciativa do Coletivo Educação pela Arte e tem como objetivo levar às escolas da rede pública do Distrito Federal oficinas teóricas e práticas de dança e percussão. A cultura popular brasileira é a fonte para o desenvolvimento artístico das crianças ao conhecimento histórico sobre sua própria origem. O projeto tem a intenção de acender uma chama na criança para ela buscar saber mais sobre o a cultura artística brasileira.
A temporada de 2023 começou em março, prossegue em abril, e vai até 3 de maio. No total, seis mil estudantes de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Guará e Arniqueiras participaram das oficinas. Nesta quarta-feira (3), recebem a visita do coletivo os estudantes do Centro de Educação Infantil Águas Claras (Ceiac).
O projeto é conduzido por uma equipe com professores, dançarina, músicos e arte-educadores. Eles ensinam percussão e dançam com os alunos. Na oficina de dança, por exemplo, a dançarina Isabella Rovo explora os ritmos brasileiros como catira, coco, maracatu, congada e frevo, convidando os estudantes a um nas manifestações musicais tradicionais do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. “Eu sempre procuro trabalhar danças que podem ser feitas coletivamente para os alunos perderam a vergonha. E ensino passos que trabalhem a coordenação motora das crianças”, explica Isabella.
Já na oficina de percussão, a batucada é realizada a partir de ritmos brasileiros, especialmente os mais presentes na região Centro-Oeste. “Na prática, são as crianças que nos mostram a importância de estarmos nas escolas. Partilhamos conhecimentos da cultura popular brasileira e aprendemos muito com os estudantes”, disse o percussionista Sandro Alves.
*Estagiária sob a supervisão de Gizella Rodrigues