Escola de Planaltina forma jovens críticos e conscientes, capazes de lidar com os desafios da era digital
Soraia Cantanhede, Ascom/SEEDF
Durante as aulas, os alunos são incentivados a pesquisar e checar a veracidade das informações que encontram na internet, antes de compartilhá-las | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF
Um projeto inovador desenvolvido por um professor da rede pública de ensino tem preparado estudantes do Ensino Médio para lidar com o mundo do trabalho e a tomada de decisões na vida adulta. Em uma oficina do projeto O Mundo das Fake News, o professor Moisés Gonçalves da Silva, do Centro de Ensino Médio 01 (Centrão), de Planaltina, prepara os alunos para serem cidadãos críticos e conscientes, capazes de lidar com os desafios da era digital de forma responsável e ética.
“O projeto visa acabar ou tenta diminuir com os estragos que as fake news geram em adolescentes do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. A divulgação de notícias falsas pode interferir negativamente em vários setores da sociedade, como educação, política, saúde e segurança”, explica o educador, que foi um dos finalistas do Prêmio Educador Transformador, uma iniciativa do Sebrae, em parceria com o Instituto Significare e a Bett Brasil.
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Durante as aulas na oficina, os alunos são incentivados a pesquisar e checar a veracidade das informações que encontram na internet, antes de compartilhá-las, além de aprenderem a identificar as características de uma notícia falsa. “A disseminação deste tipo de informação falsa causa confusão nos alunos. Muitos relataram que não conseguem distinguir quais notícias são falsas ou verdadeiras”, diz Moisés.
A estudante Julyana Rodrigues de Jesus Antunes, de 18 anos, participou da recente edição do projeto e conta que a oficina despertou nela o interesse de sempre querer pesquisar sobre as informações que chegam até ela. “Passei a me aprofundar nos assuntos, pesquiso em sites, redes sociais confiáveis. Tento repassar a verdade para o máximo de pessoas possíveis, por meio das redes sociais”, conta.
Professor Moisés Gonçalves da Silva e seus alunos que aprendem na oficina a identificar as características de uma notícia falsa | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF
As aulas da oficina acontecem às segundas, terças e quintas. Dentre as várias atividades, os estudantes participam de eventos relacionados ao tema abordado, assistem a palestras e debates, bem como são estimulados a produzir conteúdos informativos sobre o assunto. Mensagens como “discurso de ódio não é liberdade de expressão” e “palavras também machucam” estão espalhadas na escola.
Além de conscientizar os alunos sobre os perigos das noticias falsas, o projeto busca capacitá-los para serem disseminadores de informações corretas e confiáveis em suas comunidades.
O prêmio visa reconhecer e celebrar os educadores de todo o país que fazem a diferença na vida de seus alunos com projetos inovadores. O objetivo é encorajar os estudantes a desenvolverem ideias e respostas para problemas reais do cotidiano.
Na edição 2023, três projetos da rede pública do Distrito Federal foram finalistas: o projeto “Ciência é Ouro: costurando os saberes”, da Escola Classe (EC) Córrego do Ouro, em Sobradinho, o projeto Energia Solar Fotovoltaica, do CEF 11, do Gama, e o projeto “O Mundo das Fake News”, do Centro de Ensino Médio 01, em Planaltina.