Material mapeia os estudantes indígenas matriculados na rede pública de ensino
Lívia Barros, Ascom/SEEDF
Em meio ao mês de abril, no qual é celebrado o Dia dos Povos Indígenas no dia 19, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal lançou o Caderno Pedagógico Abril Indígena. O material, elaborado pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), mapeia os estudantes indígenas matriculados na rede pública de ensino do DF para fortalecer os direitos desses alunos e valorizar a história e cultura dos povos originários do Brasil.
Em 2023, a rede pública de ensino do DF atendeu 478 estudantes indígenas. As Coordenações Regionais de Ensino com maior número de estudantes que se declaram indígenas foram: Plano Piloto (127), Paranoá (60), São Sebastião (57), Ceilândia (50) e Gama (41).
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A diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade da SEEDF, Patrícia Melo, explica que a prioridade da Secretaria é promover um atendimento culturalmente inclusivo, que valorize a cultura indígena dos povos originários.
“Nosso objetivo é que a sala de aula se torne um ambiente intercultural e para que isso aconteça é preciso fazer esforços em várias áreas, como de alimentação, pois os indígenas possuem hábitos alimentares específicos, na área de transporte, para assegurar que consigam chegar até a escola, além de ter uma atenção especial na enturmação desses estudantes“, explica Patrícia.
O caderno divulgado para todas as unidades escolares também fornece sugestões de materiais pedagógicos para o trabalho e valorização da história e cultura indígena, como livros, filmes, documentários, músicas e podcasts. O intuito é fortalecer as ações pedagógicas que contribuem na construção de uma escola plural.
Para apresentar o material às Coordenações Regionais de Ensino (CREs), a Subin reuniu os pontos focais de direitos humanos das 14 CREs para uma breve formação que aconteceu no auditório do Centro Interescolar de Língua (CIL) 1 de Brasília. No evento, foi exibido um documentário sobre o acolhimento dos 67 alunos que fazem parte da Comunidade Indígena Warao Coromoto na Escola Classe Café Sem Troco, no Paranoá, e na Escola Classe Morro da Cruz, em São Sebastião.
O Governo do Distrito Federal disponibilizou dez casas para abrigar famílias da comunidade refugiada. Os indígenas moram em estruturas construídas no ano passado, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).