GDF criou rede de proteção social para quem precisa e dois cartões são disponibilizados pela SEE
Da Agência Brasília*
O Governo do Distrito Federal (GDF) criou uma rede de proteção social para cuidar da população e garantir acesso à educação, alimentação e trabalho com benefícios que atendem a famílias inteiras, incluindo pais, filhos e avós. Dos quatro cartões sociais proporcionados pelo GDF para a população vulnerável, dois são disponibilizados pela Secretaria de Educação: o Cartão Material Escolar (CME) e o Cartão Creche.
Desde 2019, quando foi criado, o CME utilizou mais de R$ 117 milhões para beneficiar 420 mil estudantes, mais de 100 mil por ano. Quem está matriculado na Educação Infantil recebe R$ 320 e alunos do Ensino Médio recebem R$ 240 para comprar o material escolar.
Há ainda o Cartão Creche, que atende crianças de até 3 anos. Criado em 2020, o benefício de R$ 803,57 é disponibilizado para o pagamento mensal a uma instituição privada, abrindo vagas complementares à rede pública do DF. Mais de 9 mil vagas surgiram nos centros infantis após a criação do Cartão Creche, em 2020.
Para o subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais da SEE, Nivaldo Félix, o Cartão Material Escolar não somente mantém a criança na escola, mas significa, igualmente, inclusão. “Temos a questão econômico-financeira, mas também o sentimento de pertencimento, o resgate da autoestima do aluno”, avalia o subsecretário. “A criança quer ter um bom material, assim como o colega de sala. Olhamos para a diminuição da desigualdade. Isso reflete na parte pedagógica, estimula o bom aprendizado daquela criança.”
Na casa da diarista Cinthia Santana, em Santa Luzia, bairro da Estrutural, são três crianças em idade escolar: as filhas Cindy, 14, Lara, 10, e a neta Agatha, de 3 anos. Todas estudam em escolas da região administrativa, com direito a mochila, lápis novos e cadernos para o aprendizado. Tudo proporcionado pelo Cartão Material Escolar (CME), que libera R$ 320 para cada uma das alunas todo início de ano.
“Chega ali em fevereiro, Lara já pergunta se o cartão está liberado; elas ficam ansiosas para ter o material de estudo”, revela Cinthia. “A gente quer o melhor para os filhos, que elas tenham a oportunidade de ter uma profissão, algo que não consegui.”
Vizinha de Cinthia, Zesita Cruz, 54, é faxineira e vive com a filha Lorena Santana, 7. Aluna da Escola Classe 1 da Estrutural, a menina é uma estudante dedicada e também teve o material comprado com o auxílio vindo do cartão.
“Agradeço demais ao governo, porque, se não fosse o cartão escolar, ela ficaria sem material”, conta Zesita. “Não tenho condições financeiras, a pandemia foi muito difícil para a gente. Assim, não tenho como tirar dinheiro da comida para comprar as coisas da escola.”
*Edição: Gizella Rodrigues, Ascom/SEEDF