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29/11/22 às 10h15 - Atualizado em 17/05/23 às 15h10

Seminário debate alimentação adequada e saudável nas escolas do DF

No evento, foi apresentado um projeto de sucesso que acontece no Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas

Camily Oliveira*, Ascom/SEEDF

 

Na última quarta-feira (23), um seminário debateu a importância da educação alimentar e nutricional dos estudantes e a importância de promover uma alimentação mais adequada e saudável nas escolas do Distrito Federal. O evento, organizado pelo Fórum Distrital de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nas Escolas, teve a participação da Secretaria de Estado de Educação do DF, por meio da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (Suape).

 

O subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais, Nivaldo Félix, ressaltou a importância da Diretoria de Alimentação Escolar e de sua atuação dentro das escolas do DF. “A gente tem avançado muito em relação à alimentação escolar. Estamos revendo algumas políticas, mudando a visão da alimentação, principalmente para resgatar a questão da segurança alimentar. Além disso, vale lembrar da importância da reeducação alimentar, que pode começar dentro das escolas”, explicou.

 

A coordenadora intersetorial do Fórum, Shirley Diogo, lembrou que o principal objetivo do evento é trabalhar a temática das cantinas. “Tudo começou quando surgiu um decreto que estabelecia a alimentação saudável dentro das escolas, evitando guloseimas. Com isso, foi nos dada a responsabilidade de cuidar da alimentação nas escolas do DF”, disse.

 

O subsecretário Nivaldo Félix destacou a importância da reeducação alimentar dentro das escolas | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Bons resultados

 

No Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas, a alimentação saudável é trabalhada durante todo o ano letivo com as crianças. O trabalho começa no início do ano, com um “banho de lama”, no qual os alunos são incentivados a terem contato com a terra para desmistificar a ideia de que o local é sujo. “É um momento maravilhoso que marca muito a infância deles. Acredito que seja a parte que eles mais gostam durante todo o ano. Nós incentivamos as crianças a explorarem a terra”, esclareceu Aline Lorrane, diretora da escola.

 

Além do primeiro contato com a terra, as crianças também colhem alimentos na horta da escola para complementar a merenda. Na horta, os estudantes fazem a semeadura – cada turma tem o seu canteiro –, escolhem qual hortaliça vão plantar, cultivam e colhem os alimentos. As próprias crianças que plantam, regam, tiram as ervas daninhas e fazem a colheita.

 

Após esse processo, as hortaliças são usadas nas cozinhas experimentais, na qual a professora utiliza o alimento que os alunos plantaram para preparar a refeição para a turma envolvida no projeto. “Além de atender nossas crianças, nós damos algumas hortaliças para as famílias e também para as pessoas da comunidade do Recanto das Emas”, diz Aline.

 

Participaram também do seminário representantes da Emater e da Embrapa | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Como última parte do projeto, é montado o Restaurante do Jardim no pátio da escola. Lá, as crianças mesmo se servem. “Neste ano, nós trabalhamos a cultura afro junto com o projeto. Então, em nosso restaurante, nós servimos a feijoada e as crianças adoraram. A gente vê que a experiência muda o paladar dos alunos que estão mais dispostos a se abrir para experimentar os alimentos saudáveis”, destaca a professora.

 

*estagiária sob a supervisão de Gizella Rodrigues

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