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18/05/22 às 8h27 - Atualizado em 17/05/23 às 15h11

Alunos com deficiência visual e auditiva participam de oficina com artista plástico

Carlos Bracher é pintor, escritor e escultor brasileiro e participou da iniciativa

Tainá Morais, Ascom/SEEDF

 

Há algum tempo, a arte é utilizada como uma importante ferramenta de inclusão da sociedade. No intuito de promover a aproximação da pintura com pessoas com limitações físicas, a Secretaria de Educação do Distrito Federal, em parceria com a escola Kingdom School, promoveu uma oficina para os alunos da rede pública de ensino portadores de deficiências visuais e auditivas. O projeto, que aconteceu nesta terça-feira (17), contou com a presença do artista plástico, Carlos Bracher, considerado um dos maiores e mais renomados de todo o País, que homenageou o 62º aniversário de Brasília.

 

“Cego é quem tem medo de ousar” | Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a arte muda a vida de todos. “Eu estou muito alegre. Imagina, trazer um grande artista como este e ver o lindo trabalho que vocês, alunos, conseguiram desenvolver hoje. A pior cegueira é daqueles que não querem ver e vocês têm o melhor olhar que é o do coração. Os principais artistas são vocês que fizeram a obra de hoje”, destaca.

 

A iniciativa trabalhou a potencialidade e, principalmente, a confiança dos alunos que participaram e provaram que é possível existir uma relação entre a arte, os surdos e cegos. “Algo que pode parecer distante para muitos, tornou-se realidade para nós. Eu me transporto na arte, pois ela me leva para outro mundo com a imaginação já que tenho que criar para poder transmitir o que sinto no momento através de uma obra”, disse a aluna Silvia Coelho, deficiente visual.

 

Para a subsecretária da Educação Inclusiva e Integral (Subin), Vera Lúcia Ribeiro, é gratificante promover a inclusão por meio da arte. “A deficiência deve ser tratada como igual, e não com diferença. Os trabalhos que foram gerados durante esta iniciativa foram maravilhosos, porque a arte vem através da alma e eles souberam utilizar muito bem a alma e o coração. Estou grata e feliz”, declara.

 

Sobre a oficina

 

Durante as atividades, 80 alunos de escolas públicas tiveram a oportunidade de participar. Sendo 40 do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) e 40 alunos da Escola Bilíngue de Taguatinga. Todo o espaço foi adaptado para que todos os estudantes pudessem aproveitar a oficina. Cada grupo contou ainda com um intérprete para facilitar o entendimento e execução do trabalho. Todos os participantes receberam telas, pincéis e tintas para acompanharem o pintor.

 

Durante as atividades, 80 alunos de escolas públicas tiveram a oportunidade de participar | Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

O artista Carlos Bracher afirma que vivenciar este momento se tornou uma das coisas mais sagradas da carreira. “Poder entrar na intimidade dessas pessoas foi uma sensação indescritível. São pessoas sensíveis que entendem outras cores, outros sons e sentidos. Isso é incrível porque saímos do nosso mundo para entrar no deles”, ressalta.

 

Nascido em 1940, Bracher é um premiado pintor, escritor e escultor brasileiro. Na “Série Brasília”, de 2007, o mesmo fez homenagem ao idealizador da cidade Juscelino Kubitschek. Bracher pintou 66 quadros nas ruas da Capital Federal. As obras foram expostas no Museu Nacional, projeto de Oscar Niemeyer.

 

Cego é Quem tem Medo de Ousar

 

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