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14/10/22 às 13h29 - Atualizado em 14/10/22 às 13h42

Escolas públicas são premiadas por boas práticas inovadoras

Seis projetos venceram concurso do programa Maria da Penha Vai à Escola

Da Redação*, Ascom/SEEDF

 

Seis projetos de escolas da rede pública do DF foram premiados na 3ª edição do Concurso de Seleção de Práticas Inovadoras do programa Maria da Penha Vai à Escola, promovido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O Centro de Ensino Médio Elefante Branco ficou em primeiro lugar com a prática “Retratos do Cotidiano: o Teatro do Oprimido e a Educação em Direitos Humanos”. Além disso, outras cinco escolas do DF foram premiadas.

 

As escolas foram premiadas com placas alusivas ao prêmio e os alunos e professores com aparelhos de celular, kindle, além de caixas surpresa contendo livros sobre a Lei Maria da Penha para compor o acervo das escolas. Os trabalhos escolhidos foram inscritos por servidores da rede de ensino da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que atuam diretamente nas escolas públicas o DF. A seleção foi coordenada pelo Comitê Gestor do Acordo de Cooperação Técnica do Programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE).

 

A solenidade de premiação dos vencedores foi realizada na manhã de segunda-feira (10) no auditório Ministro Sepúlveda Pertence e contou com a participação de autoridades, entre elas o 2º vice-presidente do TJDFT, desembargador Sérgio Rocha; do juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência, Gilmar Soriano; do presidente da Associação dos Magistrados do DF (Amagis/DF), Juiz Carlos Martins; e das juízas coordenadoras do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM), Gislaine Campos Reis e Luciana Lopes Rocha, além de profissionais de educação e alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal.

 

Alunos e professores ganharam aparelhos de celular, kindle, além de caixas surpresa contendo livros para compor o acervo das escolas. Crédito: Fábio Pinheiro

 

A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), Vera Barros, lembrou que é importante entender as mulheres não como coisas ou objetos, mas como seres humanos. Numa citação da obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, afirmou que as relações de opressão desumanizam o próprio opressor. “No momento em que ele pratica violência, está desumanizado e desumanizando o outro”, exemplificou ela. “Defender uma educação libertadora significa buscar a própria humanização dos nossos homens. A tarefa humanizatória é para homens e mulheres e a educação libertadora terá o condão de, com o amor, fazer vencer o desamor, libertando homens e mulheres e humanizando todos nós.”

 

O concurso para seleção de boas práticas foi realizado pelo NJM, com patrocínio da Amagis/DF e do Sindjus/DF, no intuito de motivar profissionais da área da educação a disseminarem iniciativas relacionadas à temática, divulgar e dar visibilidade às práticas inovadoras que contribuam para prevenção e enfrentamento da violência de gênero nas escolas.

 

Em seu discurso, o desembargador Sérgio Rocha falou diretamente aos adolescentes presentes do auditório. Segundo o magistrado, o projeto é uma referência para o Brasil inteiro, “um grande passo, um salto de uma longa caminhada. Quando eu tinha a idade de vocês, na minha escola, meninos e meninas estudavam em horários diferentes. Agora, imaginem vocês o quanto uma criança, uma menininha no Afeganistão, gostaria de estar aqui no lugar de vocês”, questionou. “Isso é uma luta mundial, não apenas nossa, mas um trabalho longo, uma evolução da nossa sociedade no sentido de empoderamento da mulher, que redunda justamente no afastamento dessas eventuais violências.”

 

Após os discursos das autoridades, alunos e representantes das escolas apresentaram as boas práticas premiadas:

Em 1º lugar, Centro de Ensino Médio Elefante Branco ficou em primeiro lugar com a prática “Retratos do Cotidiano: o Teatro do Oprimido e a Educação em Direitos Humanos”;

Em 2º lugar, o Centro Educacional 01 de Brasília, com a prática “Dia de visita dos alunos da primeira etapa do primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos – EJA nas prisões”;

Em 3º lugar, o Centro Educacional 310 de Santa Maria, com a prática “Flores da Escola”;

Em 4º lugar, a Escola Classe 62 de Ceilândia, com a prática “Quebrando Paradigmas e rompendo a cultura do Machismo”;

Em 5º lugar, a Escola Cívico-Militar do Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia, com a prática “Cultura de Paz na Escola – Combate à Violência contra a Mulher e Valorização de Meninas e Mulheres”;

Em 6º lugar, o CAIC de Santa Maria, com a prática “Super Bate-Papos – Sala de Recursos de Altas Habilidades em Linguagens de Santa Maria”.

 

*Com informações da Ascom/TJDFT

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