Unidade modelo foi inaugurada por Juscelino Kubitschek em 1960; reforma faz parte do projeto Adote uma Escola, uma parceria do governo com a iniciativa
Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon
Ela foi a primeira escola de Brasília. Inaugurada em 19 de maio de 1960 pelo então presidente da República Juscelino Kubistchek, acabou sendo parcialmente consumida por um incêndio em agosto de 2019. Erguido em uma área de 55 mil metros quadrados, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb, na 909 Sul, foi recuperado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do projeto Adote uma Escola – uma parceria do poder público com a iniciativa privada.
Na manhã deste sábado (2), a escola reformada foi visitada pelo governador Ibaneis Rocha e pela primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social Mayara Noronha Rocha.
Ex-aluna da unidade, foi dela a iniciativa de convencer outras autoridades e empresários da cidade que também estudaram lá para, em uma ação voluntária e de parceria com o GDF, recuperar o prédio.
“Os resultados positivos provam que a união do público com privado pode dar certo. E resultados como os vistos aqui hoje nos prova que estamos indo no caminho certo”, declarou Ibaneis.
A reforma ficou sob coordenação da Subchefia de Políticas Sociais e Primeira Infância do Gabinete do Governador e contou com a parceria integrada de pastas e órgãos do GDF, como as secretarias de Projetos Especiais; de Educação; de Esporte e Lazer; e de Justiça – com a mão de obra dos reeducandos da Funap. Também participaram a Companhia Urbanizados da Nova Capital (Novacap); a Região Administrativa do Plano Piloto; e o Corpo de Bombeiros.
Ao voltar à unidade de ensino em 15 de outubro de 2020 – dessa vez como secretária de Estado -, Mayara contou ter reativado diversas memórias afetivas do seu tempo de estudante. “O Caseb faz parte da minha história. Aqui vivenciei alguns dos melhores momentos da minha pré-adolescência”, disse, ao lado da aluna da primeira turma do Caseb, Cosete Ramos, uma das entusiastas da ideia.
Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá lembrou a importância de pessoas que fazem parte do governo hoje e que passaram pelo ensino público. “Por isso somos obstinados a dar prosseguimento a esse sistema de ensino de qualidade no Distrito Federal. ”
O CEF Caseb tem dez blocos, sendo um administrativo, com 20 salas de aula; um laboratório de informática; um auditório; um ginásio poliesportivo; uma sala de leitura; um refeitório; quatro quadras poliesportivas; um galpão multiuso; um bloco de laboratórios; e um pátio multiuso coberto.
Quem fez o quê
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Na reconstrução da escola, os projetos de paisagismo e de jardinagem foram executados pela Novacap. Coube à Secretaria de Educação a estruturação dos prédios, com a troca de piso, a recuperação e construção de novas calçadas; e as reformas da caixa d’água e da grade que cerca o colégio. Além disso, foi feita a manutenção na parte elétrica com a troca de fiação e a instalação de novos quadros de energia – tudo isso ao custo de R$ 500 mil.
Novas intervenções ainda serão feitas. A reforma das quadras esportivas está em processo de licitação pela Secretaria de Esporte e Lazer. Na área externa, a Administração do Plano Piloto segue reformando a calçada.
Ex-vice governador do DF, o empresário Paulo Octavio, que também estudou no Caseb, doou 1,2 mil litros de tinta para pintura de todo o espaço. “O que estamos vendo é a escola que é uma marca na cidade. Aqui aprendi muito, moldei minha personalidade e fui muito feliz”, declarou ele.
Adote um espaço público
Quase três anos após ser lançado, o Adote uma Praça se expandiu e ganhou outras frentes, estando presente em 22 regiões do DF. De acordo com o secretário de Projetos Especiais Roberto de Andrade, o programa já recebeu 162 propostas de adoção, entre praças, estacionamentos, um setor inteiro (Setor Hospitalar Sul), parques infantis, banheiros públicos, áreas verdes, rotatórias, jardins, estádio de futebol, parque para pets, quadra de peteca, passagem subterrânea de pedestres, becos e, agora, escola. Dessas, 55 já foram entregues, 32 estão em processo de reforma e 58 em análise técnica.
“O Adote transcendeu a praça e agora é do espaço público. A proposta é criar uma integração entre o governo e a sociedade civil, despertando no cidadão a consciência de cuidar e preservar um espaço que é dele”, destacou Andrade.